Derrotar o Cruzeiro era essencial e o Grêmio não perdeu a oportunidade. Tirou a pele da Raposa e se isolou na vice-liderança. Foi por escore mínimo mas poderia ter sido de goleada. O Cruzeiro só conseguiu relativo equilíbrio na abertura da etapa final. Na maior parte do jogo, porém, o Grêmio amassou o Cruzeiro, literalmente. Para quem gosta de comparações, o Grêmio dominou o time mineiro como não havia conseguido fazer contra a Portuguesa, equipe infinitamente inferior. Na hora de encarar um adversário forte em disputa direta pela vice-liderança, o Grêmio mostrou maturidade e uma força coletiva que tem tudo a ver com a orientação de Celso Roth. Paulo Sérgio marcou o único gol do jogo em uma conclusão sem-pulo, aparando cruzamento perfeito de Rafael Carioca. Na etapa final, aos 40 minutos, colocou a bola por cobertura, vencendo o excelente goleiro Fábio, mas o gol foi impedido por Jadilson, que salvou sobre a linha. Ficou com o lateral-direito do Grêmio as honras de melhor da partida. Paulo Sérgio, neste jogo, fechou a boca dos seus críticos, este blogueiro, entre eles. Willian Magrão voltou a dar um show de técnica, vitalidade e discernimento. Desde que Celso Roth prendeu Rafael Carioca e liberou Magrão, ele se transformou no articulador que o time precisava. Helder não pode jogar e foi substituído por Anderson Pico. Se o treinador levar em conta os ganhos que o time obteve, pela esquerda, mantém Pico como titular. Celso Roth, mais uma vez, foi correto nas substituições. Principalmente quando trocou André Luiz por Makelele. O volante, reafirmando a sua versatilidade, entrou como segundo volante-esquerdo mas apareceu diversas vezes na ponta-esquerda, brecando os apoios do lateral. É um jogador que, todas as vezes em que foi chamada, deu excelente resposta. Trata-se de um caso raro de jogador que se adapta a muitas funções. Suspeito que se um dia for preciso, ele entra no lugar do goleiro Victor e dá conta do recado. Grande vitória do Grêmio. É verdade que o Cruzeiro esteve desfalcado de quatro titulares, entre eles Ramirez e Vagner, seus dois melhores jogadores. Mas, quantas vezes vantagens como esta são desperdiçadas? Além disso, um clube como o Cruzeiro tem sempre bons reservas. Se ao time mineiro faltou unidade, talvez seja efeito da mania de Adilson Batista de mudar a escalação, constantemente. O Grêmio, contudo, nada tem a ver com os problemas do Cruzeiro. Patrolou o segundo colocado e assumiu a vice-liderança. E isto que existem ótimos reforços que estarão disponíveis dentro de alguns dias. Já não é projeção precipitada considerar que o Grêmio é candidato, sim, a coisas boas neste campeonato. Se já está bom, a perspectiva é a de que vai melhorar ainda mais com Souza e Orteman. E se vier o atacante que procura, a tendência é de crescimento. Por fim, uma palavra sobre o público. Mais de 31 mil gremistas foram ao Olímpico. O Grêmio é vice-líder, também, em público no seu estádio. Quando a campanha é boa, ninguém segura o torcedor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário