terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ninguém segura o Grêmio!


Marcel mandou um recado para a imprensa do centro do pais: "O Grêmio é candidato ao título", disse em inequívoco tom de desabafo.
Aqui, dentro das fronteiras gaúchas, já se sabe há muito tempo que o Grêmio é mais do que candidato: é favorito. Mas, por que relutam, tanto, no Rio de Janeiro e em São Paulo, a admitir o favoritismo justificado do Grêmio?
Não será, certamente, por estas questões regionais que despontam no cruzamento de um antiga acusação: bairrismo. Que, sempre existe nos outros e nunca em nós, importante destacar. Não, não é esta a explicação para que a maioria de paulistas e cariocas, principalmente, ainda desconfiem do Grêmio. Eu escrevi maioria porque existe muita gente boa que já percebeu que o Grêmio está pronto para ser campeão.
A justificativa é, até, singela: o Grêmio é um time sem estrelas. E sem elas, como pode se fazer um campeão? - pensam aqueles que ainda não descobriram ser o futebol um esporte coletivo que melhor produz pela força do conjunto do que pela soma das individualidades de uma equipe. Este é o segredo: o Grêmio é uma equipe. Assim, até jogadores limitados, como Marcel, se agigantam e passam a ser imprescindíveis.
As "estrelas" do Grêmio são, todas emergentes. Nesta condição, ainda não foram bem percebidas. Começando por Victor, um goleiro que saiu da obscuridade do Paulista para brilhar, intensamente, no Olímpico. Rafael Carioca e Willian Magrão são, quem sabe, as individualidades mais expressivas do Grêmio. Carioca é uma espécie de Clodoaldo: elegante, refinado e um solucionador de problemas calmo e comedido, como não se é aos 18 anos. Quanto a Magrão, é um dínamo que funciona, sempre, em velocidade máxima. Os dois garotos terminarão o ano entre as melhores revelações desta temporada. E, se Dunga tiver juízo, enxergará que Já existem bons candidatos para preencher as vagas dos entediantes volantes da Seleção Brasileira.
Rafael Carioca e Gilberto Silva: quem você escalaria?
Roger disse, certa vez, que o Grêmio é um time de operários. Alguns, como Carioca e Magrão, muito qualificados. Mas, ainda assim, uma equipe formada por operários dedicados. Em que categoria se poderia inserir Paulo Sérgio, por exemplo?
O desabafo de Marcel foi oportuno mas desnecessário. A candidatura do Grêmio ao título, se ainda não é admitida, será nas próximas rodadas. E, afinal, pouco importa. O que vale é levantar o caneco. E nenhum, outro time, como o Grêmio, está tão preparado para este momento glorioso.

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